segunda-feira, 1 de julho de 2013

A nova cara da democracia brasileira

Há algumas semanas atrás, quando escutei pela primeira vez a música "Saquear Brasília", do Capital Inicial, fiquei pensando em como ela era utópica. Sinceramente, não tinha como pensar em coisa diferente ao ouvir "Vamos saquear Brasília!" freneticamente e repetidas vezes. Parecia ideia de louco! (E era, mesmo.) Acontece que, há uns 10 dias, eu ouvi falar que centenas de manifestantes haviam invadido o Congresso Nacional em protesto. Pô, eu não tenho palavras pra descrever o orgulho que senti quando confirmei que a notícia era verdadeira. Eu nunca imaginei que, em vida, eu veria algo como esse acontecer no Brasil.


Eu não achava, naquela altura do campeonato, que as manifestações no Brasil chegariam a esse ponto, por isso fiquei muito surpreso. Em questão de semanas, de dias, a consciência política dos cidadãos e a própria democracia brasileira mudaram completamente. Nós, os cidadãos, juntos, conseguimos intimidar os governantes. Sim, os governantes! Os mesmos que, há tão pouco tempo atrás, pareciam completamente distantes do povo e da realidade brasileira, estão ouvindo nossas vozes e atendendo às nossas reivindicações! Além de a tarifa do ônibus ter abaixado em dezenas de cidades do país e de o governador de SP, Geraldo Alckmin, ter anunciado o corte de diversos gastos feitos pelo Estado para recuperar os "milhões de vinte centavos", Dilma Rousseff anunciou que está estudando, junto a líderes partidários, a  possibilidade de uma Reforma Política que, segundo ela, será votada por plebiscito.

Reforma Política! Que grande conquista, que grande marco na história de nossa pátria! A equipe do blog está se sentindo muito feliz com o contexto em que estamos e com o novo aspecto da democracia brasileira. Não existe nada mais satisfatório para nós do que ver o povo unido, lutando pelos seus direitos e por mudanças.



Galera, a postagem é pequena porque não quisemos entrar em detalhes sobre as manifestações. Sei lá, elas têm sido tão cobertas por tantos meios midiáticos que se o texto tratasse sobre elas diretamente seria cansativo lê-lo. Mas enfim, o que vale é dizer que nós, da equipe do blog, estamos nos sentindo realizados. É claro que a luta continua, mas não podemos deixar de dizer que nos orgulhamos muito dessa nova cara da democracia brasileira.


Até o próximo post! ;)

sexta-feira, 7 de junho de 2013

IMAGINE - As lições de Lennon continuam atuais

Abro a pág da Folha e caço notícias boas. Não acho. Em vez disso, descubro que, na Turquia, policiais atacam pessoas que protegem árvores; que "Mulher morre com tiro na cabeça após se perder em favela no litoral" (notícia da seção "cotidiano"...) e por aí vai: vejo as merdas os absurdos políticos para a Copa de 2014, a guerra na Síria entre democracia VS ditadura e... quando saio pelas quebradas do São Luís, vejo um moleque de uns 12 anos, louco, largado, procurando por mais crack. Não quero ser um tipo negativista, porém os problemas existem. Ignorá-los é fingir-se de cego. Mas parece que são tantos... O que eu, poeira cósmica, posso fazer para resolver isso tudo??

Aquele momento em que tudo parece estar errado e sentimos que não podemos fazer nada para arrumar essa bagunça...

É preciso de uma revolução. Mas tem de ser diferente do que geralmente imaginamos como "revolução". Não é necessário quebrar carros, invadir empresas, pichar muros, parar o trânsito ou sequestrar Renan Calheiros políticos corruptos. A revolução aqui é mais cotidiana; tem a ver com o pensamento.


Pense no seu dia a dia: ele é cheio de competitividade. Sabe a roupa de marca que as pessoas tanto querem comprar? As humilhações e xingamentos feitos? Essas coisas têm o objetivo de fazer o cara se sentir superior. Isso tudo para conseguir ser feliz. Só que não dá certo! Não percebendo isso, continuamos comprando, humilhando, competindo, acreditando que assim vamos ser felizes. Ledo engano...  Tentamos preencher um grande vazio com algo que faz mal às relações humanas. (Amplie isso para as relações entre "políticos" e países. Cada um deles quer provar que é melhor que o outro, seja tendo mais dinheiro, mais armas, mais poder... Mas isso simplesmente não faz sentido!)

Mesmo assim, a esperança nunca nos deixará! É tão difícil imaginar pessoas que vivam por coisas mais importantes? Que deem menos valor ao consumo? Que descubram novos meios para conseguir felicidade? Para nós, não. Às vezes, para que esse "show" de desigualdade e injustiça que vemos diariamente não aconteça, basta não existir plateia. Soa tão simples. É apenas um questão de mudança de hábitos.


A música Imagine do John Lennon nos chama para pensar sobre a possibilidade de um mundo novo, talvez não tão distante do nosso alcance.


Num mundo que funcione nos moldes dessa revolução de que tratamos, os políticos e grandes empresários não mandariam atacar os turcos protetores de árvores: não se sentindo ameaçados em perder poder, eles tentariam negociar para chegar numa solução. Nesse mundo em que as pessoas não se preocupassem tanto com dinheiro, não existiria a diferença absurda entre ricos e pobres; assim, os caras não assassinariam a moça perdida na favela para conseguir dinheiro. Também nesse mundo, a política funcionaria como deve funcionar: a Copa não seria um monte de corrupção e atraso; seria uma união de pessoas que procuram esporte e diversão saudáveis. E, por fim, o garoto do São Luís que procurava drogas não seria esquecido por uma sociedade que só pensa em comprar, humilhar e competir; seria um jovem com vida digna e que mudaria o mundo.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Algo está errado. Muito errado, nós diríamos.


          Daqui a pouco o leitor vai entender o porquê disso; mas enfim, imagine a seguinte situação: Há um empreendedor qualquer que tem como missão fazer o seu estabelecimento prosperar. Só que tem um problema: nesse estabelecimento, as paredes estão esburacadas e mofadas, os pisos estão trincados e sem cor, e o teto está... sei lá, feio. É lógico, ele precisa arrumar tudo isso; e a notícia boa é que o cara tem dinheiro suficiente pra fazer uma reforma razoável. Mas... daí, por algum motivo, com o dinheiro que tem, ele decide dar uma grande festa em vez de investir maciçamente na melhora do lugar. Isso parece uma verdadeira loucura, né? Mas é, mesmo. Enfim, tudo isso foi pra chegar às seguintes comparações:
- O empreendedor é o Governo brasileiro;
- O estabelecimento é o Brasil;
- As paredes mofadas, os pisos trincados, etc., são os problemas que o Brasil enfrenta e
- A festa é (nada mais nada menos) que a Copa do Mundo.

          Ouvir várias pessoas reclamando que "o Governo investe na copa em vez de investir em educação" foi o que nos inspirou a escrever esse post. Frases como essa aí já se tornaram recorrentes, é verdade, o problema é que pouca gente pensa profundamente sobre o assunto.

          Bem, vamos começar a refletir: 12 estádios serão sede dos jogos da copa em 2014. Abaixo seguem os nomes e os respectivos valores dos 6 estádios que já estão prontos ou com o valor "fechado".
(Gostaríamos de que você prestasse atenção nesses valores ou, ao menos, no tanto de "zeros" que têm aí!)
CASTELÃO (CE)...........................R$ 518.600.000,00
MINEIRÃO (MG)..........................R$ 666.300.000,00
ARENA PERNAMBUCO (PE)......R$ 680.000.000,00
FONTE NOVA (BA)......................R$ 689.400.000,00
MARACANÃ (RJ).........................R$ 863.000.000,00
ESTÁDIO NACIONAL (DF)........R$ 1.200.000.000,00
Obs.: A soma disso dá aproximadamente R$ 4,62 bilhões. E note que o estádio mais caro (Estádio Nacional) fica numa região onde, além de outras coincidências, o futebol é muito pouco praticado.

É, mais de 4,5 bilhões de reais foram usados só pra reforma da metade dos estádios. Deus do céu, então quanto será que vai custar tudo?!

          Sei lá, por enquanto vamos nos basear no seguinte: Na copa de 2006, na Alemanha, foram investidos cerca de R$ 16 bilhões (US$ 7,7 bilhões). Na copa de 2010, na África do Sul, foram investidos cerca de R$ 9,8 bilhões (US$ 5,8 bilhões).

          Tá, nas últimas duas edições da Copa do Mundo, um país rico investiu R$ 16 bilhões e um dos maiores países emergentes investiu R$ 9,8 bilhões pro evento. Com base nisso, quanto você acha que o Brasil vai, teoricamente, investir? Surpreenda-se (ou não) agora: Dilma Rousseff estima que serão gastos nada mais nada menos que R$ 30 BILHÕES!! P****, isso é praticamente o DOBRO do que a Alemanha e o TRIPLO do que a África do Sul investiu para o evento! 

          Bem, querendo ou não, esses são os fatos. Só gostaríamos, agora, de convidá-lo a pensar mais profundamente sobre o assunto. Por exemplo, qual será o futuro desses estádios (principalmente o de Manaus e o de Brasília) após a copa? E depois de o empreendedor bancar uma festa com valores mirabolantes, ele vai ter dinheiro pra reformar o estabelecimento? Sinceramente, nós, da equipe, não sabemos. Só sabemos, caro leitor, que as paredes continuarão mofadas... os pisos continuarão trincados...

...e que algo está errado, é claro.




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Só pra constar, pessoal: nós, da Equipe, temos consciência de que a Copa também traz benefícios. Pra receber o maior evento esportivo do mundo, é necessário investir maciçamente em infraestrutura, e isso é uma coisa que, sim, temos visto no Brasil.
Mas a questão é que não dá pra esperar que o país seja sede de grandes eventos pra, só daí, investir em infraestrutura. Por que não se faz isso sempre, ao longo dos anos? E... caramba, 30 bilhões??!


Fontes: <http://www1.folha.uol.com.br/especial/2013/folhanacopa/estadios/maracana.shtml>
<http://www.copa2014.turismo.gov.br/pt-br/noticia/dilma-anuncia-r-30-bilhoes-para-obras-de-mobilidade-urbana-0>
<www1.folha.uol.com.br/esporte/841697-africa-do-sul-aponta-que-lucro-na-copa-foi-abaixo-do-previsto.shtml>
<http://esporte.uol.com.br/copa/2006/reportagens/acopaeomundo/acopaeaeconomia.jhtm>

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Conhece-te a ti mesmo?

          Quem é você?
          Não querendo partir muito p´ro lado filosófico da coisa, mas essa questão é essencial para o desenvolvimento do indivíduo e da própria espécie humana. Apesar de não existir uma resposta certa para essa pergunta, há muitas respostas erradas. "Como assim resposta errada?" deve ser a pergunta do leitor. Sim, respostas erradas. A grande maioria das pessoas não se conhece, nem procura se conhecer. E isso é um grande problema.


O carinha sentado apontando p´ro céu está p´ra tomar um veneno que foi determinado a ele como sentença de morte - por mil tretas. Seu nome era Sócrates e hoje completaria uns bons 2480 anos. Ele foi um dos primeiros a afirmar a importância de o homem conhecer-se, criando a frase "Conhece-te a ti mesmo".

           Já reparou que as pessoas se parecem muito em suas ações? É só pensar no cotidiano. Acordar, trabalhar/estudar, encontrar pessoas, rir e/ou discutir com elas, voltar pra casa, reclamar do seu dia dizendo o quanto ele foi chato ou cansativo... É estranho, mas, geralmente, se resume a isso. Agora, pense nos assuntos e nas opiniões sobre novelas, cantores, futebol, as tretas do dia, as coisas ruins que acontecem no mundo por "culpa dos políticos"... A vida da maioria das pessoas gira em torno desses padrões diários, que não caracterizam ninguém e ao mesmo tempo caracterizam todo mundo. A padronização é foda! uma coisa complicada... Mas, então, todos são iguais? É claro que não.
          
Sobre padronização e... não, pera...
           Certo dia, lendo uma biografia de uma mina aí, vi uma expressão bem legal p´ra definir o modo como uma pessoa se constrói: como uma colcha de retalhos. Os vários e diferentes panos que te formam são as diferentes influências recebidas ao longo da vida: pessoas que conheceu, coisas que viu, experiências por que passou, enfim, todos estes elementos que fazem de você o que você realmente é. Já que cada um tem sua própria história, fica fácil concluir que cada um tem sua própria personalidade, seu próprio eu, sua própria resposta à nossa intrigante pergunta: "quem é você?".



          Descobrir-se não é algo exatamente fácil, mas é extremamente divertido e prazeroso (sério, realmente é!). Sabe aquelas coisas que descrevem perfeitamente você? Em geral, são características que saem do comum. Pode ser gostar de tocar violão, mexer com eletrônica, tirar foto, desenhar, escrever, ajudar pessoas ou, ainda, tudo isso junto! Esse tipo de pergunta faz você descobrir em que você deve se empenhar. Aprenda o máximo que puder sobre essas atividades que você curte e pratique incansavelmente. Mas também mantenha a cabeça aberta p´ra descobertas – o mundo é cheio de acasos que mudam sua vida. Ficar atento ao que você gosta te faz sair daquela “zona padrão” e entrar numa vida que realmente te caracteriza.

          E então, quem é você? O que te define? As pessoas devem buscar pelas respostas dessas perguntas durante toda a vida. Quem sabe, assim, elas passem a fazer alguma diferença no mundo, porque, continuar na padronização... ´tá osso.

          

terça-feira, 30 de abril de 2013

Um caminhão, um anônimo, uma vontade

             É, talvez tenhamos ficado há algum tempo sem atualizar o blog... Mas, acredite, estamos contentes por escrever aqui de novo. Quando arranjamos tempo e inspiração, [claro,] aparecemos. Por isso, aqui estamos.

             Quando estava voltando da escola hoje, vi um cara num daqueles caminhões em que os políticos costumam desfilar pelas ruas fazendo campanha. Mas em Abril de 2013 não têm eleições. O leitor, então, curioso, pergunta: "o que ´tava acontecendo?". Era uma tentativa de mudar o mundo.
Enquanto as campanhas rolam...

             O ¨palanque¨ carregava o cartaz ¨Estamos em greve¨. O cara falava e gesticulava com ânimo, com indignação. ¨O que a Globo mostra sobre as escolas é feito pra enganar! Na escola onde trabalho, não tem nenhum laboratório, os alunos não têm condições para aprender decentemente!¨. E continuava: ¨A culpa disso é do homem que está sentado no Palácio; o nome dele é Geraldo Alckmin!¨. Sinceramente, eu achei isso incrível. Apesar de esse nosso anônimo ter opiniões com as quais eu discordo, ele estava fazendo política. Era indignação e necessidade por melhora. Ele simplesmente estava cansado de ser enganado e de ver os outros serem enganados. Daí, a tentativa de resolver um problema, arrumar um erro. A simplicidade com que se pode descrever essa ação parece até tornar mais reais as chances de nós também fazermos isso, não? Vemos (ou, pelo menos, deveríamos ver) tanta coisa errada diariamente... E que tal expressar nossa indignação? Eu não conheço aquele cara, mas ele já parece merecer respeito.



Post curto. Reflexão simples. Anônimo exemplar.
Esperamos que tenham gostado.
Revolucionaremos em breve!

sábado, 2 de março de 2013

Mais blá?

                Muita coisa importante passa despercebida pelos nossos olhos: as mínimas ações, os atos discretos, os desabafos impensados... O nosso cotidiano mostra em seus detalhes muito do que é a humanidade e a sociedade. Vi algo interessante ontem e achei que vinha ao caso escrever sobre. Essa é a primeira tentativa de discutir o cotidiano despercebido. É uma experiência que pode dar certo; ou não. Vejamos.

 
 
                6h da tarde: trânsito parado na Giovanni Gronchi. O ônibus não anda. Dentro dele, as pessoas reclamam, mas não vão além dos murmúrios. Insatisfação quase calada. Pés e pernas estão apressados, agitados, ansiosos. Até que alguém decide mudar isso: uma pessoa se levanta, desce e continua seu caminho andando; outras seguem seu exemplo. Nos outros busões, outras pessoas veem as que estão andando e, involuntariamente, fazem o mesmo. Mais e mais pessoas decidem sair do stress do engarrafamento e avançarem por si mesmas, sem depender de coisas sobre as quais não tem controle. Agora, pergunto: Quem está mais satisfeito? O que continuou no ônibus na ilusória esperança de o trânsito simplesmente sumir ou o que decidiu fazer alguma coisa? Exato! Percebe onde queremos chegar?




                 A sociedade é cheia dessas. As pessoas com certeza ficam mais satisfeitas consigo mesmas quando agem do que quando ficam esperando que um milagre aconteça. O problema é perceber isso. Nosso dia a dia é permeado por tímidas reclamações (tipo um "nossa, como isso 'tá ruim" ou um "e esse trânsito que não anda?!"), mas quase não mostra soluções ou tentativas de soluções. Para que elas comecem a surgir, é preciso de uma iniciativa. Porém, na grande maioria das vezes, as pessoas têm medo de tomarem tais iniciativas. Poucos são os que dão o exemplo de ação. 
                E você, vai continuar só nas reclamações ou vai fazer alguma coisa?
                Até o próximo post \õ.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Meios televisivos e suas intervenções



             Nos dias atuais, no Brasil, vemos uma grande participação dos meios televisivos nas vidas das pessoas. É indiscutível que as emissoras de televisão aberta tomam boa parte da vida da população. Porém, leitores, o grande problema não é a participação da mídia na vida dos brasileiros e, sim, o conteúdo que ela apresenta.

             Globo, Bandeirantes, Record, SBT, dentre outras, transmitem, em horário nobre, assuntos muito parecidos e que, em sua maioria, são pouco educativos – isto é, não acrescentam nada de significante para seus telespectadores. Novelas, reality shows e jornais sem espaço para opiniões são exemplos dessa “exemplar” programação aprovada pela massa.

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Fonte: Rede Esgoto de televisão
             Porém é errado dizer que não há também boa programação na TV aberta. Existem, sim, programas de  qualidade e que contribuem para a educação das pessoas. Brasil Eleitor, Jornal da Cultura, o Jornal do SBT – Noite e os Telecursos são alguns bons exemplos. No entanto, essa programação mais construtiva é transmitida, em sua maioria, das 23h às 6h da manhã o que, convenhamos, para muitos é descartável a hipótese de acompanhá-la. Este tipo de transmissão, mais educativa, informativa, é realmente deixada de lado pelos “poderosos”. Justamente porque a educação gera prejuízo para eles.

             Tal modelo televisivo tem poder controlador. É possível notar isso quando andamos pelas ruas e percebemos que a maior parte dos assuntos circulantes entre a população é referente a coisas banais, que estão fortemente presentes em programas de TV aberta em horário nobre. Enquanto se discute quem está no paredão do BBB, o atual presidente eleito do Senado é Renan Calheiros. A mídia tem um poder de manipulação de informação absurdo, conseguindo desviar a atenção de questões importantes e distorcer informações. Isso tudo, claro, é feito de modo a favorecer os comandantes dessas emissoras. Um forte exemplo disso foram as eleições de 1989, quando Lula e Collor disputavam a presidência. Após um debate organizado pela Rede Globo, as intenções de voto para Luís Inácio, que até então vinham crescendo, “por coincidência”, após o debate, caíram drasticamente e, assim, foi eleito seu concorrente. Há algo muito estranho por trás disso, não há?
                         
                                   PH